sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ode


Ode

A madrugada encerra segredos
Que vão além de nosso pensar
Materializam nossos medos
E nos fazem assim recuar

Ó sombras pesadas que me envolvem
Deem uma folga para meu coração
Que após tanto tempo sem bater
Só quer um pouco de perdão.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eu não queria mentir
Mas eu minto muito
Eu não queria brigar
Mas a violência está em mim


Eu não queria errar
Mas o erro está em minha vida
Eu queria ser o "cara"
Mas sou só um sem vergonha na cara


Eu queria poder cantar
Mas minha voz há muito está escondida
Eu queria poder gritar
Mas minhas cordas vocais estão calejadas


Eu queria poder sorrir
Mas meu rosto não tem expressão
Eu também queria poder falar
Mas as palavras já não saem


Mas em meio a tudo isso
Há uma centelha de paz
Pois eu sei que posso encontrar
Alguém que pode tudo isso mudar...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Volta


Voltemos à inocência da flores
Que apenas vivem o dia presente
Quem sabe se adicionam cores
A este coração que nada sente

Mas a manhã traz a todo dia
O cuidado de estar tudo certo
Renovando a esperança tardia
Trazendo o coração para mais perto

terça-feira, 15 de março de 2011

Rima


Se eu me chamasse Raimundo
Talvez mudasse o mundo
Talvez com a rima soasse profundo

Se eu me chamasse José
Mudasse algo com minha fé
Ou seria inútil como o Pelé

Se eu me chamasse Mário
Para os corruptos não fosse páreo
Ou escondesse esqueletos no armário

Mas vejo que como o poeta
A rima não seria uma solução
O que é preciso é de uma linha reta
Para tornar este país uma nação

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

I believe and trust in God - translated by Judy Baines (my new friend)

How I believe in you, God
That my life I can give you...
Trusting and being free in Thy arms
I can feel it in my life what is love

I rejoice in the sad moments
You're happy with me
All phases of my life integrates
With Thy love and grace I feel blessed

Do not let me speak that your grace
And Your love for me is an excuse
To not fight the deal, and do not let me do
Senseless acts and then cover me with guilt

Thanks for the power to think
You gave me to write this poetry
What can I obey and love
The God who rules me with mastery.

Eu acredito e confio em Deus

Como eu acredito em você, Deus
Que minha vida inteira possa te dar
Confiando e estando livre em braços Teus
Posso sentir em minha vida o que é amar

Nos momentos tristes me alegra
Nos felizes está ao meu lado
De todas as fases de minha vida integra
Com Teu amor e graça me sinto abençoado

Não me deixe falar que Tua graça
E Teu amor sejam pra mim desculpa
Pra não lutar a lida, e não deixe que eu faça
Atos insensatos e depois me cubra de culpa

Obrigado pelo poder de pensar
Que me deste para compor esta poesia
Que possa eu obedecer e amar
A este Deus que me rege com maestria.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Destempero

A lágrima rola escura
Trazendo da alma a tristeza

Será que mereço tanta secura
Em meu peito que perde a beleza

Seria um momento triste este,
Que me arranca e joga ao desespero
Limando a força que neste
Peito jorra com tanto destempero.

Mas a esperança que é a que morre derradeira
De meu peito já não mais faz parte
Desde que recebeu esta flecha certeira
E aniquilou minha alma destarte.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Até quando?

Sua pele delicada beleza confere
Sua face rosada nos inspira carícia
Seus ouvidos clamam ouvir a poesia
Composta ao som da mais pura melodia

Mas eis que surge aquele que te fere
Te cospe, maltrata, te faz caso de polícia
Seu corpo aqui jaz moribundo nesta pedra fria
Pois padeceste nas mãos de quem te amar dizia.

domingo, 11 de julho de 2010

Bruno e Eliza # Família - Qual a lição?


               Deixando de lado a discussão sobre culpa de um ou outro(deixemos isto para a Justiça), o que podemos aprender com a questão envolvendo o ex-goleiro e a ex-modelo?  Ao vermos a história das duas famílias, vemos que ambas são desestruturadas, tendo as respectivas mães abandonado os filhos quando pequenos.
               Talvez que a família deve ser a base para toda e qualquer pessoa, pois somente ela é que dará as bases necessárias a qualquer ser humano. Hoje em dia, vemos pais abandonarem os filhos, filhos abandonarem os pais, crianças são jogadas nas ruas em caixas de papelão e muito mais. 
               A família nunca foi tão degradada quanto hoje pelos  meios de comunicação, pelos costumes e pelas práticas diárias. Ao assistirmos às novelas da TV, vemos adultério, abandono de menores, banalização do casamento, das coisas que antes eram consideradas erradas. 
               Eu acredito que certas coisas não deveriam mudar: o que é errado hoje deveria ser o que era errado antes e deverá ser errado sempre, mas não é o que vemos.
               Espero poder dar para meu filho as condições básicas para que ele cresça uma pessoa com caráter e que não necessite se valer da força para atingir ninguém, que ele possa ser inteligente, mas sem usá-la para desmoralizar ou enganar ninguém, que ele possa ser íntegro, para que saiba o que é dele e o que é do outro, sabendo respeitar os limites, que tenha Deus em seu coração, para que seja capaz de ser um homem completo em todos os sentidos.
               Pode parecer uma utopia da minha parte, mas esse é meu sonho: que a família volte a ser o centro da sociedade, para que episódios como estes não mais ocorram em nossas comunidades.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Querência

- Quero pegar-te pelos cabelos, ó Liberdade.já que às tuas maõs não tenho acesso.
- Quero escrever Liras dos 20 anos, mesmo já tendo mais de 30.
- Quero acordar voltando a dormir, apenas para subverter a ordem das coisas naturais.
- Quero saber das coisas não sabidas pelos gênios da humanidade por falta de interesse.
- Quero escrever palavras que nunca serão lidas e nem comentadas apenas pelo prazer de escrever.
- Quero beijar a boca da mulher amada como se não fosse a primeira nem a última vez
- Quero ter em meus sonhos a realidade vivida que já não quero mais viver acordado
- Quero morrer vivendo mais que a vida que vivo hoje no momento presente do tempo

E nunca mais querer mais nem um querer apenas por ser vontade querida mais que tudo.

Censura

Correntes pesadas em mãos atadas
Chicote frio cortando a pele nua
Navios imundos transportam lotados
Ideais e ideias sendo desbotados

Internet, televisão, vinte e quatro horas
Informando, entretendo, modificando
Prendendo, manipulando a atenção
Ideias e ideais sendo veiculados

Qual a diferença afinal
Das correntes que nos cerceiam
Sejam elas feitas de puro aço
Ou de fibra ótica e areia?

domingo, 27 de junho de 2010

Eu fiz

Amei, como se amar fosse tudo
Dancei, como se a dança se esvaísse
Pulei, como se alcançasse as estrelas, contudo
Vivi, como se a vida inteira não existisse.

Sem sentido

Pensando agora no passado
Cerro os olhos por um momento
Passeando meu olhar cansado
Por este frio e cru cimento


Que cobre toda a extensão
Tirando toda a bela vida
Impermeabilizando este chão
E toda a beleza adquirida


Mas, você pode me perguntar
De que mesmo fala este poema?
Eu não saberei te explanar
Porque minha alma está pequena.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Feliz Aniversário pra mim

             Trinta e quatro anos. Seriam estes realmente os anos que vivi? Ou eu deveria descontar aqueles vividos numa subvida, sem esperança de que algo mudaria em meu futuro?
             Hoje tenho um passado atrás de mim, e um futuro à frente, mas o que sou eu nestes trinta e quatro anos vividos? Por que estou aqui escrevendo estas palavras? Para me açoitar com elas em minha autopiedade ou para alegrar-me sabendo que elas também são passado? Diria uma cara amiga para eu soltar a chibata neste momento e aproveitar o momento feliz que me acolhe.
             São momentos aprazíveis como o que experimento agora que me fazer ter uma visão positiva do futuro. Não mais aquele molequinho de pés sujos brigando por algo para comer. Não mais o pirralho limpando o sangue dos brinquedos para poder brincar. E sim o pai de família, o professor, o homem respeitado e querido que sou hoje, a despeito de onde vim e do que poderia ter me tornado.
             Talvez se eu parasse para pensar como Robert Frost, e percebesse que se eu tivesse entrado naquela outra estrada eu não estaria aqui. Mas anjos de Deus me guiaram para este momento, e apesar dos prognósticos e diagnósticos, apesar das estatísticas frias e das profecias alheias eu estou aqui., sentado em frente a este computador frio, mas pronto para dizer a mim mesmo:
             FELIZ ANIVERSÁRIO, MARCOS. VOCÊ CONSEGUIU.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia dos Namorados

          Pensei em escrever algo poético, bem inspirado, para falar do Dia dos namorados, mas resolvi fazer uma reflexão. Pensem bem: 
          Se é preciso falar de amor poeticamente não estaremos sendo falsos? formais? enlatados? Precisa o amor de definições tolas e fúteis como as que conhecemos? Ou o amor seria apenas este sentimento que nos aproxima, que nos leva e traz todos os dias?
          Seria amor o gesto corriqueiro, que de tão normal se faz especial? Seria amor a folha que cai e, quando nos damos conta, está em nossas páginas marcando nossas vidas para sempre? Ou seria aquele abraço gostoso que nos delicia, o beijo que nos enleva, o toque que nos arrepia ou o olhar que nos faz corar por dentro como crianças pegas a fazer algo despermitido? 
          Acredito que quando o olhar encontra os olhos queridos este não necessita de definição. Não pode ser mensurado pela fraqueza das palavras, posto que as palavras são fracas até que se coloque o amor nelas. O amor não pode ser medido pelos anos-luz métrico-científicos, nem pesado como os teraquilos binários do universo.
          Meu amor é apenas isto: um deleite que me torna um homem completo, na essência do meu ser dialético enquanto parte de outro. Meu amor funciona simplesmente como o sopro dos ventos nas tardes bucólicas à beira-mar. Meu amor é apenas isto: é belo, é forte, é sincero, é exclusivo, é único, é sentido, é militante político, é em seu cerne apenas amor.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O que é viver?

Viver é como uma insanidade
Que nos traz muita inquietude
Talvez por sermos essa incompletude
Que nos faz reféns dessa contrariedade

Fazendo o que não queremos fazer
Querendo o que não podemos querer
Sendo algo que não devíamos
Almejando o que não queríamos

Essa contrariedade milenar
Que mesmo Paulo não soube lidar
Mas conseguiu dar a explicação
Que consola esse nosso coração

Se somos o que não queremos
Se queremos o que não somos
Podemos deixar então pra quem pode
E faremos então parte dessa prole

Partilhando com os que não sabem o que fazem
Mas que anseiam alcançar o que é certo
Entretanto esbarram nesta incerteza que perto
Preenche o ser com coisas que não cabem

sábado, 9 de janeiro de 2010

Futuro?

Levantando os olhos ao futuro
Percebo que agora estou 
Num momento oportuno
Para decidir quem fui e quem sou


Decisões difíceis me incomodam
Tentando receber uma resposta
Para perguntas que jorram
E que nem sempre a gente gosta


Passadas as festividades todas
Sentimos um vazio no peito
Como se ocorressem as bodas
E não se pudesse deitar ao leito


Devo eu ser ou não ser?
Tomar iniciativas ou recuar?
Quatro anos de estudo pra ter
Mais dúvidas de qual caminho tomar
 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Só hoje

Só por hoje não quero pensar
Em todos os males que me afligem
Pois meu peito dói só de notar
Que meu pensamento causa vertigem

Desbarrancam as emoções ao peito
Trazendo a dor da desilusão
Quando percebo, volto-me ao leito
Sem conseguir fazer bater meu coração

Coração que falha com a lembrança
De um ontem muito hoje presente
E que me arranca a esperança
Que meu peito já sabe que sente

Mas nesse dia de não pensar nele
O mal não se faz presente
Pois basta a mente se ocupar dele
Pra que a luz se torne ausente.

Inundar

Quando minha mão tocar a tua
E percebermos que a entrega é completa
Fugiremos ao pungente luzir da lua
E de felicidade nossa alma será repleta

Traremos toda a felicidade
Que inunda nosso corpo e mente
Com esse amor que emana da gente.
 E inundaremos toda essa cidade