segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mais 3

A tristeza

A tristeza é minha companheira
Nas horas em que escurece o mundo
Me deixando na rua sem beira
Pois a eira foi perdida à um segundo

Mas, às vezes, vem a felicidade
Me entristecer com sua presença
Pois logo depois só resta a saudade
Por mais que eu professe uma crença

Dias modernos

A chuva da manhã molha a grama
Pegamos direto do pé a uva
O ar puro enche os corações
E nos banhamos na água do mar

Irrigadores que não fazem lama
No mercado comprar o suco de uva
Poluição a nos corroer os pulmões
E na sujeira do oceano se afogar.


Alma do poeta

Imagine se todas as palavras
E dialetos se tornassem inúteis
Não poderiam mais estas larvas
Corroerem a carne dos seres fúteis

Se todo verso se tornasse prosa
Toda retórica aniquilada fosse
Seria do léxico a verdadeira tosa
E levaria embora a riqueza que trouxe

Se toda canção se tornasse fel
Todo o farfalhar em quietude
Não mais pássaros se veria no céu
E acabaria com toda espontânea atitude

Mas na alma do poeta há canção
Há flores, paixão, amor, louvor
O suficiente para alegrar o coração
Até do envolto no mais profundo torpor

sábado, 27 de setembro de 2008

Tradução da música cuja letra traz uma verdade inquestionável

Without you (tradução)
kirk Franklin
Composição: Kirk Franklin

Without You - (Sem Você)

Verso 1

Eu posso pegar um avião, subir aos céus e voar por um milhão de milhas.
Escrever uma doce melodia, fazer uma lágrima se tornar um sorriso,
E eu posso ver as cores da primavera e posso até sentir a estação mudar
E logo as folhas caem e o inverno vem, pois nada ainda fica igual.
Quando eu penso sobre onde eu estive, o que eu fiz tudo sem depender de ninguém.
Como eu penso que eu sei tudo, como se eu fizesse isso eu mesmo.
E como o vento que sopra
Como a flor que cresce
Com tudo que eu ainda posso fazer.

Coro 1

Sem Você, a vida é uma canção sem final.
Sem Você, é como ter um coração que não tem cura.
Sem Você, nós somos apenas atores no palco,
Como uma criança que se perdeu,
Nós não estaríamos aqui hoje sem Você.

Verso 2

Eu admito que às vezes o meu orgulho tente me cegar
E até este dom que Tu me deste, eu esqueço que é pra Ti,
E por muitos dias e de muitas formas eu abusei da Tua graça.
Mas Tu ainda foste paciente e o Teu amor penetrou em mim.
Mas o vento ainda sopra as flores ainda crescem e uma coisa ainda é verdade.

[Sem Você] a vida é uma ferida que não curou
Sem Você, nada neste mundo é real,
Sem Você.


Ponte

Eu não posso viver não posso ver a Tua vontade em mim.
Não posso fazer nada [nada]


Sem Você, somos como uma noiva sem o noivo,
Sem Você, é como não ver o brilho do Sol em junho,
Sem Você, somos apenas atores no palco,
Como uma criança que se perdeu,
Nós não estaríamos aqui hoje
Sem Você Jesus, minha vida estaria perdida, sem Você.
Sem Você, eu não saberia quanto custou,
Ver entregar Tua vida por mim,
Do meu passado agora eu estou livre.

Me diga onde eu estaria sem Você.
Me diga onde eu estaria sem Você.
Não estaria aqui hoje sem Você.
Não estaria aqui hoje sem Você

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Anti-tudo

A noite sopra seu olor
O Sol se esconde na via
Só não me peça o favor
De superar esta existência vazia

As ruas caras que movem
Os sonhos perdidos do dia
Dos beirais úmidos chovem
Esperanças de uma mente vazia

Mas casas caiadas de branco
Túmulos para se morrer em vida
Vermes que almoçam meu tronco
E a mente estóica e sabida.

Two more times

Dias modernos

 

A chuva da manhã molha a grama

Pegamos direto do pé a uva

O ar puro enche os corações

E nos banhamos na água do mar

 

Irrigadores que não fazem lama

No mercado comprar o suco de uva

Poluição a nos corroer os pulmões

E na sujeira do oceano se afogar.


 

Alma do poeta

 

Imagine se todas as palavras

E dialetos se tornassem inúteis

Não poderiam mais estas larvas

Corroerem a carne dos seres fúteis

 

Se todo verso se tornasse prosa

Toda retórica aniquilada fosse

Seria do léxico a verdadeira tosa

E levaria embora a riqueza que trouxe

 

Se toda canção se tornasse fel

Todo o farfalhar em quietude

Não mais pássaros se veria no céu

E acabaria com toda espontânea atitude

 

Mas na alma do poeta há canção

Há flores, paixão, amor, louvor

O suficiente para alegrar o coração

Até do envolto no mais profundo torpor

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mais duas

A Cidade

 
A cidade avança sem pensar
Os habitantes regridem sem parar
O ser humano só quer voltar
Àquele que outrora era o seu lar

Escuridão, trevas, sem luz
O homem não sabem mais o que produz
Olhos cansados, feridas em pus
Na alma daquele que carrega sua cruz

Coletivos cheios, a mãe a chorar
Quando lhe apertam o que está a esperar
E a espera, de lágrimas se torna mar
E não há braços para a aconchegar

Mas, de outro lado, existe a felicidade
Pois podemos encontrar a sinceridade
Naquele homem que preza a verdade
E pode chamar de lar esta cidade.


 

Vende-se

 
Beleza esta
Paz ao coração
Inspira festa
Cor, luz, animação

 
Prados verdejantes
Sol sempre a brilhar
Altos e belos montes
Água limpa a borbulhar
 
Pôr-do-sol maravilhoso
Aves livres a voar
E o beija-flor teimoso
As mesmas flores a beijar

Os sapos que coaxam
Na lagoa a brincar
Felinos belos relaxam
À sombra a se refrescar

O condomínio a chegar
Trazendo a destruição
Até vinte anos para pagar
Corretores de plantão

domingo, 21 de setembro de 2008

Meu herdeiro (pelo menos das contas a pagar)


Escória

A sujeira cresce
O crack, a cocaína – pó
Infância que de um mal padece
Ninguém se importa se ele está só

Escadarias e portas de igreja
Pontos estes deste dilema
Não importa se você veja
A escória à porta do cinema

Bicho-homem escondido
Sonhos – ele não tem mais
Apesar de se sentir perdido
Só quer um pouquinho de paz

Brincar de Escrever

Brincar de escrever

 

Brincar com palavras é sofrer

As desvirtudes do léxico complexo

É apenas à Semiótica se ater

Sem se preocupar com o nexo

 

É sofrer a dor da Lingüística

Dos sentidos sentidos extrair

Pulando da palavra intrínseca

Cuja força está a se esvair

 

É pensar como que logicamente

Buscando no passado o valor presente

Troça com o vernáculo fazendo

Ao pensar ensinar, estar aprendendo

 

É estar com a mente no Olimpo

Com os deuses fazendo brincadeira

A vida dos poetas passada a limpo

E das poetisas, a alma faceira

 

Tragam todas as palavras lidas

E façam um poema que celebre a vida

Para dar mais cor às suas lidas

Como o sentido da palavra já puída.

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Guilherme


Nomes de meninas

Amando, Amanda assim estuda
Da Tradução, a teoria e a prática
Precisando, podemos contar com sua ajuda
Em função poética, referencial ou fática

Com a linguagem padrão ela usa
O conhecimento para nos ensinar
Dos ondes e aondes ela abusa
Ana Lúcia, a nos ensinar

Com suas madeixas louras encanta
As musas da Sociolinguística desbanca
De alegria nos enche, Glaucy
e pelo privilégio de estudar aqui

No Brasil ou Canadá ela encanta
Sua lucidez às vezes nos espanta
Se em sua tradução entrar em pane
Don't worry, chame a Josiane

Escriba de punho certeiro
Não deixando que ninguém se engane
E com seu raciocínio ligeiro
Estamos falando da Mariane

Experiência à flor da pele
Fonte de cultura e saber
Força motriz que ao saber nos impele
Das aulas, Tânia, não nos deixa esquecer

Que esta amizade sempre exista
Seja eterna, nos anais do saber
E seja qual o futuro em vista
De cada um de nós possamos não esquecer

(Marcos de Carvalho Nunes)
17/09/2008